No dia 18 de junho, no Rio de Janeiro, por ocasião das comemorações do segundo ano da edição da Lei Federal nº 11.705, de 19 de junho de 2008, que ficou conhecida como Lei Seca, porque estabeleceu o grau zero de alcoolemia para os condutores de veículos, o Ministério da Saúde, divulgou os números de redução de mortes no país, durante 12 meses, apontando o Estado do Rio de Janeiro como o mais eficaz, com 32%, sendo 5 vezes maior que a média nacional, que ficou em 6,2%.
Tal redução chegou a ser quase o dobro do segundo colocado, o Espírito Santo, com 18,6%; Alagoas com 15,8%; Distrito Federal, com 15,1%; Santa Catarina, com 11,2%; Acre, com 8,8%; Tocantins, com 7,1%; Bahia, com 6,1%; São Paulo, com 6,5%; Rio Grande do Sul, com 6,4%; e Paraná, com 5,9%, dentre outros.
Na Cidade do Rio de Janeiro, de 26 bairros pesquisados pelo Instituto de Segurança Pública, 23 tiveram expressivas quedas do número de mortes, no período de 2009 em relação ao ano de 2008, tais como: Anchieta, com 100%; Centro e Zona Portuária, com 56%; Copacabana, com 54%; Vila Isabel, com 50%; Barra da Tijuca, com 43%; Lagoa e Rocinha, com 39%; Madureira, com 39%; Botafogo, com 35%, Ramos e Maré, com 32% e Rio Comprido, com 28%, entre outros.
De 1º de abril de 2009 a 31 de abril de 2010, segundo o Grupamento de Socorro de Emergência do Corpo de Bombeiros, após a deflagração da Operação Lei Seca em 19 de março de 2009, conseguiu-se evitar que 5.037 pessoas fossem vitimadas no trânsito, com ferimentos, mutilações e/ou mortes.
Tais resultados não caíram do céu. Eles se devem à instituição de uma política pública, de caráter permanente, com ações desenvolvidas todos os dias da semana, que irão até o último dia da atual gestão governamental, com o único objetivo de preservar a vida humana.
Além do reconhecimento nacional e internacional, eis que a Organização Mundial de Saúde referendou a Operação Lei Seca como exemplo a ser seguido por vários países que a integram, o êxito alcançado até aqui merece agradecimentos especiais.
Agradecimento ao DETRAN, que financia o Projeto desde o início de nossas operações, com um custo anual da ordem de R$ 4 milhões anuais; a Polícia Militar, que disponibilizou 50 policiais militares, com fichas limpas; a Polícia Civil, que nos atende nas infrações criminais em suas delegacias de polícia; aos 177 integrantes das nossas 7 equipes - os nossos intrépidos guerreiros das madrugadas - entre os quais os nossos cadeirantes; aos taxistas, que vem conduzindo aqueles desejam beber e sabem que não devem dirigir; a mídia que tem estado ao nosso lado há 420 dias, divulgando os números trágicos de acidentes de trânsito que ocorrem em nosso país e especificamente em nosso estado, contribuindo significativamente para uma conscientização gradativa e coletiva; e a população em geral, que compreendeu que a Operação Lei Seca não é contra a bebida e sim a favor da vida, dando-nos a aprovação de 97%, em pesquisa realizada em março de 2010 pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa Social.
CARLOS ALBERTO LOPES é porta-voz da Operação Lei Seca.