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sexta-feira, 22 de agosto de 2014

DENÚNCIA À NAÇÃO BRASILEIRA

Tenho sido procurado por inúmeros servidores públicos das três esferas da federação: federal, estadual e municipal, afirmando-me que estão sendo coagidos pelos gestores dos órgãos em que atuam, para votarem nos candidatos indicados pelos mesmos, sob pena de, se assim não fizer, ser demitidos de seus cargos em comissão ou, quando estatutários, perseguidos.

Essa prática se constitui em novidade? Não, mas é preciso que alguém a denuncie, pois acho que ainda procuramos viver em um estado democrático de direito, onde os cidadãos podem e devem democraticamente escolher os seus legítimos representantes.

É a velha prática do “é dando que se recebe”; do “voto de cabresto”; da “compra das consciências”.

Além das “bolsas” da vida que são doadas, como o faziam na antiguidade, tendo como base o oferecimento de “pão e circo” para engabelar os incautos, aparelham-se as máquinas governamentais; afinal 15 milhões de bolsas famílias, reproduzem 60 milhões de votos; 1 milhão de servidores coagidos redundam em 4 milhões de votos, e por aí vai.

Não é por outra razão que o governo federal criou 39 ministérios, os quais, com os seus órgãos da administração direta e indireta, devidamente aparelhados, tem quase 1 milhão de servidores, grande parte com atividades superpostas, com um custo anual de aproximadamente 900 bilhões de reais no Orçamento Geral da União, sete vezes maior do que as despesas de investimentos, estas que deveriam atender as necessidades do povo brasileiro.

Reduzíssemos à metade esse número de ministérios e teríamos 450 bilhões de reais anuais para a saúde, a educação, a segurança, a habitação digna; os transportes e tantas outras áreas necessitadas e que estão em frangalhos.

Muitos desses servidores públicos, que não querem se sujeitar a esse tipo de prática, estão atemorizados, alguns já sofrendo todo tipo de retaliação.

A esses tenho dito que devem agir, infelizmente, como esses anti-democratas, admitindo a coação, mas dando o troco nas eleições, votando de acordo com as suas consciências, analisando as reais realizações dos candidatos, os seus históricos de vida pessoal e profissional, porque o voto é secreto.

Como funcionário público que fui (hoje aposentado), concito à todos a agirem dessa forma, em nome do livre arbítrio.