Ao longo da minha jornada de vida profissional, já resumida no blog, concebi, escrevi, coordenei e executei muitos projetos que se tornaram programas de governo, mas, como disse na mídia inúmeras vezes, desde a deflagração da Operação Lei Seca, em 19 de março de 2009, como uma política pública, de caráter permanente, com ações todos os dias da semana, com o único objetivo de preservar a vida humana, percebi ser esse um dos projetos mais importantes de que participei.
Muitos perguntarão por quê. Poderia resumir, respondendo simplesmente “porque ele cuida do bem mais precioso que Deus deu ao homem – a vida”, mas acredito ser importante alinhar alguns motivos para assim pensar e sentir.
O primeiro e, certamente, o mais importante é que ele verdadeiramente vem salvando vidas, eis que, em apenas um ano, segundo o Grupamento de Socorro de Emergência do Corpo de Bombeiros, conseguimos evitar que 5.037 pessoas deixassem de ser vitimadas no trânsito, com ferimentos, mutilações e/ou mortes.
O segundo é que, em razão da seriedade com que é conduzida e operacionalizada, não aceitando as famosas “carteiradas” e propinas – afinal, nossa Constituição é clara ao colocar que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza...” – a Operação Lei Seca produziu mudanças comportais importantes nas pessoas, mercê dos 2 focos do projeto: conscientização e fiscalização.
Entendo que, apesar dos progressos, a legislação que trata do assunto de alcoolemia e outras substâncias psicoativas versus direção de veículos tem pontos a serem corrigidos e pode melhorar ainda mais. Se no Rio obtivemos o sucesso de 32% de redução das mortes em acidentes de trânsito, podemos fazer o mesmo e superar essa marca em todos os estados da federação.
Enfim, sou candidato porque quero colocar minha experiência de 44 anos de administrador público, sempre com resultados positivos como os da Operação Lei Seca, a serviço da sociedade do Estado Rio de Janeiro.
Sou candidato porque entendi que, apesar do tempo em que atuo na administração pública brasileira, não poderia continuar, como muitos, a só criticar a política e nada fazer, omitindo-me a dar a minha contribuição para mudar aquilo que está errado e dar continuidade ao que está certo. Esse ponto foi em muito reforçado pelo sucesso de aprovação da Operação Lei Seca, que me lembrou de que quando os governos agem com seriedade e competência, os cidadãos aprovam as suas ações.
Sou candidato para contribuir eficazmente com o meu querido Rio de Janeiro, para que continue na retomada de seu caminho de desenvolvimento e da conseqüente melhoria da qualidade de vida do cidadão.
Sou candidato porque o maravilhoso contato e aprendizado que tive com os nossos cadeirantes na Operação Lei Seca e com os cegos como orientadores aos consumidores através do disque-PROCON – 1512 – me fizeram reforçar a idéia de que a criação de políticas públicas que façam valer as leis que tratam das deficiências físicas, mentais, auditivas, visuais e múltiplas, são o caminho para resgatar a dignidade e recolocar os portadores de necessidades especiais como cidadãos produtivos que são.
Sou candidato porque, por muitas vezes, recebi o apoio de pais, dizendo que, em função da Operação Lei Seca, dormem mais tranqüilos sabendo que seus filhos voltarão para casa com mais segurança.
Sou candidato da vida.