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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

SOLICITAR PERDÃO JUDICIAL É DESRESPEITAR AINDA MAIS O POVO BRASILEIRO

Nesta quarta-feira, 4 de janeiro de 2015, como se não bastassem as sanções que vem sofrendo o povo brasileiro, com aumento de tarifas, não aprovação da nova tabela de imposto de renda, majoração dos preços das passagens, aumento dos combustíveis, mudanças nos benefícios da previdência social, entre outras, tudo por conta da necessidade do equilíbrio fiscal, decorrente da corrupção desenfreada em nosso país, mais especificamente do Mensalão e do Petrolão, os advogados do delator-mór da Petrobras, Paulo Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento da Empresa, pediram o Perdão Judicial à Justiça Federal, no Paraná.

O réu confesso em questão, que admite ter recebido milhões de reais (quem sabe bilhões), diz em sua justificativa que: "sucumbiu às exigências partidárias para conseguir virar dirigente da maior estatal brasileira" de petróleo e a quarta maior do mundo.

Paulo Roberto Costa disse que a delação premiada aliviou sua alma e que "está arrependido amargamente".
"Isto tudo, para tornar a minha alma um pouco mais pura, um pouco mais confortável para mim e para a minha família".
Que fez o que fez para realizar um sonho de ser um dos diretores da Petrobras e, para tanto, juntamente com outros diretores, precisava montar um esquema de corrupção avassalador, numa dimensão não conhecida no mundo, num montante estimado de 10 bilhões de reais para, segundo ele, despejar dinheiro nas campanhas eleitorais presidenciais e parlamentares, recebendo a sua parte, que ninguém é de ferro, causando um prejuízo à Companhia, segundo a presidente demissionária, da ordem de 88 bilhões (corrupção e falhas administrativas), e mais 63 bilhões, não explicitados por ela, com o represamento dos preços dos combustíveis e os investimentos jogados no lixo nas refinarias Premium I e Premium II, no Ceará e no Maranhão, cujos projetos foram abandonados, inclusive com a compra de equipamentos, totalizando 150 bilhões de reais.
Os seus advogados defendem a solicitação do perdão judicial, dizendo que a "colaboração do seu cliente foi a mais completa, fidedigna e eficaz que se possa imaginar".
Mas por que foi feita a delação premiada? Porque pesou a consciência do réu-confesso?
Certamente que não.
Não fossem as denúncias de "insatisfeitos"; da avidez em roubar cada vez mais, insaciavelmente; o trabalho da Polícia Federal; da Procuradoria Geral; do Tribunal de Contas da União; do Ministério Público Federal, de um juiz reto; tudo estaria como dantes no quartel de Abrantes: miliardários, com fortunas em paraísos fiscais, enquanto ao povo brasileiro não se tem dinheiro para a educação, para a segurança, para a saúde, para a habitação, dignas.
Perdão judicial a uma pessoa que em seus depoimentos contraditórios, em mais de uma oportunidade; com ações de transferências de seus bens para seus familiares; chegando a correr o risco de perder a delação premiada, por que???
Onde estão a completude da colaboração, da fidedignidade, da eficácia, se, a cada momento, seja no Parlamento ou na Justiça, aparecem novos e diversos fatos em relação ao réu-confesso.
Onde está a verdade dos números da corrupção arquitetada? São 10 bilhões ou 150 bilhões?
A sociedade brasileira não aguenta mais ser enganada, ser ridicularizada, ser desrespeitada, e, pagar a conta desses "malfeitos", que, a cada dia, corroe a credibilidade do país junto as instituições nacionais e internacionais, porque não entendem como essa farra aconteceu durante tantos anos, sem que os seus gestores máximos tomassem as providências que esse e tantos outros casos requeriam.