O que tenho vivenciado nestes últimos meses, me levou a uma reflexão sobre as desigualdades que ocorrem no processo eleitoral brasileiro.
O fato de um candidato com mais dinheiro para apresentar seu trabalho, sua proposta, ter - através da propaganda - mais chances de vencer que um candidato sem os mesmos recursos é normal – acontece assim no mundo inteiro.
Mas aqui os endinheirados podem tudo, subvertem tudo, compram tudo e não precisam levantar dos seus confortáveis sofás; quando o fazem, só para ter o gostinho da vassalagem (do puxa-saquismo) que lhes fazem, vão para os encontros de helicópteros, de avião e outros meios de transportes, não precisando gastar solas de sapatos.
Pagam e é só esperar o resultado das eleições.
O que não consigo entender é o tal de “fechar” com os candidatos, a peso de ouro, de nomeações, e de vários outros “malfeitos”, para usar a palavra da moda, estes que significam a corrupção endêmica que vivemos, e, ainda assim, os cabos eleitorais, os coordenadores de campanha, praticam a tese do “quem dá mais”.
Esses senhores e senhoras que “coordenam” as campanhas, que tem “milhares” de votos, “centenas” de comunidades, não tem compromisso com estas últimas e sim com os seus interesses pessoais.
Aqueles que fazem esta prática, trabalham 3 meses, se tanto, a cada dois anos, e o restante do tempo “deixam a vida lhes levar”.
Estou “chovendo no molhado”, eu sei, mas ainda que pareça inocência, pergunto: é assim que queremos mudar o nosso país? É assim que vamos para as ruas gritar por mudanças? O negócio é “farinha pouca, meu pirão primeiro”? É a prática da Lei de Gerson” (desculpe o nosso craque): quero levar vantagem em tudo?
Nas minhas palestras políticas, sempre pergunto a audiência, se eles sabem quanto valem os seus votos.
E, para demonstrar a importância do mesmo, faço uma analogia com o voto da presidenta da República; que quando os vendem, por um óculos, uma dentadura, 500 tijolos, uma cerveja, estão jogando no lixo o maior e o mais importante instrumento da cidadania de um verdadeiro cidadão; enfatizando que os seus votos tem os mesmos valores da mais alta autoridade do país.
Diante desse triste quadro, tenho que agradecer muito aqueles que estão comigo nessa batalha para mudar a política brasileira, eis que, ainda que tentados pelos diabos ricos, não se vendem por 30 moedas.
Tenho certeza que estes o fazem porque entendem que meu trabalho é sério, e que eu estou realmente buscando mudar a política pra melhor – cumprindo o que prometo, respeitando a Lei e criando projetos que realmente estão em prol da população.
Há muito tempo não ouço e não pronuncio essa palavra: premonição.
Premonição é a sensação ou advertência antecipada do que vai acontecer; pressentimento.
Hoje tive a premonição de que “vamos” ganhar as eleições, apesar dos políticos que compram a tudo e todos, e apesar dos brasileiros que infelizmente – em seu próprio detrimento – vendem seus votos.
A assertiva de que vamos ganhar as eleições não esta baseada na falta de modéstia, na vaidade, e sim na minha folha de serviços prestados ao nosso país e na receptividade que temos tido da população, caminhando, à pé.