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sábado, 9 de abril de 2011

DEPUTADOS DR. CARLOS ALBERTO E MOLON AVISTAM-SE COM COMANDANTE GERAL DA POLÍCIA MILITAR E CHEFE DE POLÍCIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO


Em singela, mas emocionante homenagem que foi prestada ao Sargento Márcio Alexandre Alves, na sala do Chefe do Gabinete do Comandante Geral da Polícia Militar - Cel Milllan, com os oficiais do Quartel General recebendo o sargento com aplausos, momentos antes da audiência com o Comandante Geral - Cel Mário Sérgio, após a fala emocionada do Cel Millan, o deputado federal Dr. Carlos Alberto fez uso da palavra, em nome de todos os deputados da Câmara Federal, para render homenagem àquele que na tragédia de Realengo, na Escola Municipal Tasso da Silveira, destemidamente, colocando em risco a sua própria vida, conseguiu evitar que outras dezenas de crianças fossem vitimadas fatalmente.

Segundo o relato do deputado Carlos Alberto, o sargento ALVES, que foi abordado por um menor estudante da referida Escola, que conseguiu escapar ferido, e encontrou o sargento numa blitz juntamente com o DETRO, que inspecionavam vans ilegais, nas imediações do prédio escolar, imediatamente foi para o local da chacina, subindo ao segundo andar, quando deparou-se com o assassino, que já ia para o 3º andar para continuar a atirar impiedosamente contra os alunos que lá estavam. Naquele instante o psicopata voltou-se para o sargento que o atingiu na região baixa do corpo, com a intenção de imobilizá-lo para depois capturá-lo e prendê-lo, o que só não ocorreu porque o agressor suicidou-se.

O deputado Dr. Carlos Alberto, que conversou com o sargento ALVES, disse que o que mais o impressionou e emocionou foi assistir a entrevista coletiva que o sargento deu à imprensa no auditório do Quartel Genral, com a presença do Comandante Geral Mário Sérgio e de outros oficiais, pela sinceridade, objetividade, simplicidade e modéstia com que narrou o passo a passo de suas ações, dizendo, entre outras coisas, que não se considerava um herói, que tinha cumprido apenas a sua missão.

O deputado Carlos Alberto informou também que o sargento ALVES, ao ser perguntado por um jornalista se ele tinha filhos e qual foi a reação dos mesmos, respondeu: "Tenho dois, um menino e uma menina.Cheguei em casa às 3 horas da manhã. A primeira coisa que fiz foi entrar no quarto dos meus filhos. Beijei a minha filha, mas ela que tem 4 anos não acordou. Ao fazer a mesma coisa com o meu filho, que tem 8 anos, ele acordou, disse que estava muito orgulhoso de mim e voltou a dormir". Ao ser perguntado por outro jornalista se ele estava satisfeito por ter cumprido a sua missão, o sargento respondeu que não; primeiro porque lamentava por não ter chegado a tempo de salvar mais vidas e segundo porque o seu intento era prender o assassino e não vê-lo morto, após suicidar-se.

Na audiência com o Comandante Geral - Coronel Mário Sérgio, juntamente com o deputado Molon, os deputados trataram de medidas que poderão ser adotadas nas escolas para evitar que outras tragédias possam voltar a acontecer, como a contratação de mais inspetores de alunos que possam estar atentos a tudo e a todos na circulação dos mesmos e de eventuais pessoas que transitam na parte interna das escolas; a destinação de guardas municipais para rondas ostensivas; o acompanhamento do comportamento dos alunos junto aos pais, inclusive sobre o aspecto de saúde; formas de diminuição de armas nas mãos dos cidadãos comuns, dentre outros assuntos que deverão ser tratados em fóruns a ser realizados pela Comissão de Segurança Publica e Combate ao Crime Organizado, propostos pelo presidente da mesma, deputado Mendonça Prado.

O deputado Dr. Carlos alberto, em nome do presidente da Comissão convidou o Comandante Geral a participar desses encontros, que respondeu afirmativamente, colocando-se à inteira disposição.

Após a reunião com o Comandante Geral, os deputados Carlos Alberto e Alessandro Molon foram ao encontro da Chefe de Polícia, delegada Martha Rocha, que os recebeu em seu gabinete, fazendo um amplo retrospecto das ocorrências, oportunidade em que também foi convidada pelos deputados para participar dos fóruns de discussão, na viabilização de caminhos que não mais permitam essa prática de crime, inédito em nosso país.