Várias são as explicações para a
origem do Carnaval. Talvez a mais genérica, mas que encerra realmente o seu
significado é a de que é a maior festa popular do mundo.
Segundo
um dos seus maiores teatrólogos de céu aberto do mundo – Joãozinho Trinta,
falecido no final do ano passado, é o período no qual o ser humano se livra de
todas as suas amarras para aproveitar um pouco a vida; onde todos se igualam,
que celebrizou a seguinte frase: “quem gosta de lixo é o rico; o pobre gosta
mesmo é de luxo”.
Durante
3 dias, que antecedem a 4ª feira de cinzas, a população sai as ruas para pular,
brincar, cantar, usando fantasias e adereços. As palavras de ordem são comer e
beber à vontade...
Correndo
o risco de ser mal interpretado por querer empanar o brilho da festa, mas como
um observador atento às questões de acidentes de trânsito neste período, depois
que me tornei formulador e coordenador-geral da política pública Operação Lei
Seca, conhecedor, portanto, das tristes estatísticas nesses 3 dias, é que peço
reflexão aos foliões para brincarem à vontade, mas alertar que se beberem não
devem dirigir.
Os
dados abaixo referendam a minha preocupação:
ACIDENTES DE TRÂNSITO NOS CARNAVAIS
2006 2.236 1.400 126
2007 2.417 1.587 145
2008 2.396 1.472 128
2009 2.865 1.748 127
2010 3.233 1.912 143
2011 3.500 2.150 189
Como podemos
observar, ainda que venhamos persistentemente, a cada ano e todos os dias,
tentando mostrar essa verdadeira tragédia que nos assola e ao mundo, com cada
vez maior número de feridos, mutilados e/ou mortos, o fato é que ainda não
conseguimos reverter esse quadro doloroso, que marca indelevelmente as almas,
as mentes e os corações daqueles que perdem os seus entes queridos.
Carlos Alberto Lopes é deputado federal
pelo PMN /RJ