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domingo, 19 de fevereiro de 2012

É CARNAVAL - Por Carlos Alberto Lopes


           Várias são as explicações para a origem do Carnaval. Talvez a mais genérica, mas que encerra realmente o seu significado é a de que é a maior festa popular do mundo.

            Segundo um dos seus maiores teatrólogos de céu aberto do mundo – Joãozinho Trinta, falecido no final do ano passado, é o período no qual o ser humano se livra de todas as suas amarras para aproveitar um pouco a vida; onde todos se igualam, que celebrizou a seguinte frase: “quem gosta de lixo é o rico; o pobre gosta mesmo é de luxo”.

            Durante 3 dias, que antecedem a 4ª feira de cinzas, a população sai as ruas para pular, brincar, cantar, usando fantasias e adereços. As palavras de ordem são comer e beber à vontade...

            Correndo o risco de ser mal interpretado por querer empanar o brilho da festa, mas como um observador atento às questões de acidentes de trânsito neste período, depois que me tornei formulador e coordenador-geral da política pública Operação Lei Seca, conhecedor, portanto, das tristes estatísticas nesses 3 dias, é que peço reflexão aos foliões para brincarem à vontade, mas alertar que se beberem não devem dirigir.

            Os dados abaixo referendam a minha preocupação:



ACIDENTES DE TRÂNSITO NOS CARNAVAIS


                    ANO          ACIDENTES               FERIDOS           MORTOS



                   2006                  2.236                           1.400                     126



                   2007                  2.417                           1.587                     145



                   2008                  2.396                           1.472                     128



                   2009                  2.865                           1.748                     127



                   2010                  3.233                           1.912                     143



                   2011                  3.500                           2.150                     189



            Como podemos observar, ainda que venhamos persistentemente, a cada ano e todos os dias, tentando mostrar essa verdadeira tragédia que nos assola e ao mundo, com cada vez maior número de feridos, mutilados e/ou mortos, o fato é que ainda não conseguimos reverter esse quadro doloroso, que marca indelevelmente as almas, as mentes e os corações daqueles que perdem os seus entes queridos. 



            Carlos Alberto Lopes é deputado federal pelo PMN /RJ