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sábado, 5 de maio de 2012

LOUVE-SE A CORAGEM DA PRESIDENTA - Por Carlos Alberto Lopes


           Na 5a feira, 03 de maio, estive participando, como líder do PMN – Partido da Mobilização Nacional, da reunião do Conselho Político do governo, integrado pelo vice-presidente da República, pelos ministros de Estado, pelos líderes dos Partidos no Senado e na Câmara, presidido pela chefe da Nação.
            A reunião foi para tratar de uma questão seríssima, que vem freando o desenvolvimento do nosso País, assentada no tripé: juros altos; valorização cambial; e impostos mal distribuídos.
            A presidenta Dilma Rousseff não se conforma – eu diria com razão – com os juros estratosféricos que são cobrados pelos bancos e pelas instituições financeiras de uma maneira geral.
            Como suportar a cobrança de juros de 14% ao mês nos cartões de crédito? Como admitir a taxa de juros cobradas pelos bancos nos empréstimos à pessoas físicas e jurídicas a seu bel prazer, que variam de acordo com a cara do cliente, aumentadas abusivamente sob o suposto nível de inadimplência que poderão apresentar? Como aceitar juros, impostos e/ou taxas tão pesados nas contas de luz, telefonia, gás, água, transportes, habitação, alimentos, planos de saúde, dentre outras, num verdadeiro esmagamento da sociedade, sobretudo a de menor poder aquisitivo? Como não nos preocuparmos com a crescente valorização cambial que começa a acelerar-se, com o consequente impedimento de nossas exportações e, portanto, diminuição da nossa produção e do nosso crescimento?
            Acresça-se a tudo isto, o fato de que o governo, através do Banco Central, vem baixando a taxa de juros, obrigando os bancos nacionais – Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal – a diminuir as suas taxas e, dessa forma, não havendo razão para as nossas instituições financeiras e bancárias privadas continuarem a praticar as mais altas do mundo.
            A nova política de investimentos propugnada pelo governo, com relação a remuneração da caderneta de poupança, atrelada a taxa SELIC, inteligentemente, não mexe com os investimentos, sobretudo dos pequenos poupadores, que os já tinham até o dia 3 de maio; ou seja taxa de 0,5 %, mais TR; o que muda são os novos investimentos que forem feitos a partir de 4 de maio na caderneta de poupança se a taxa SELIC chegar a 8,5%, remunerando-a com 70%, mais TR.
            Qual a vantagem dessa nova política? Está no fato de que com a redução dos juros, certamente haverá mais crédito, a menor custo, com menor inadimplência, com maior produção, maior consumo, sobretudo de bens duráveis pela população de menor renda.
            Historicamente, sabemos que a menor taxa SELIC foi de 8,75% e, só a partir daí é que , segundo os cálculos do governo, a poupança começaria a perde muito pouco para os outros investimentos, resultados que só poderemos ver no tempo.
            Mais importante do que tudo, entretanto, é que o nosso País não pode ficar amarrado ao tripé já mencionado, com o “cabresto” no cavalo Brasil, impedindo-o de competir, como deve, no  hipódromo internacional, partindo da 6a para a 5a posição na corrida do desenvolvimento.
            Mais importante ainda é que, parafraseando Abraham Lincoln, “um governo dever atender a todos, mas em primeiro lugar ao cidadão simples que todos os dias levanta cedo para com o suor do seu trabalho, construir o mundo em que vivemos”.  
            Louve-se, portanto, a coragem da presidenta Dilma Rousseff..
            Carlos Alberto Lopes
            Deputado federal – Líder do PMN - RJ