O deputado Dr. Carlos Alberto, líder do PMN, subiu à tribuna hoje para expor as razões pelas quais não há recursos para a educação, saúde, segurança, habitação, transportes, entre outras ações dos governos.
O deputado apontou as distorções dos governos de coalizão, questionando quais tipos de coalização queremos. Coalização de planos, programas e projetos para atender as finalidades principais a que se destinam os governos, quais sejam, as necessidades, as carências e os anseios do povo; ou coalização corporativista para atender os interesses pessoais dos integrantes dos partidos políticos? "Entendo que os governos não podem governar, sem ouvir os seus parlamentos, mas não é possível que para isto tenhamos máquinas públicas superdimensionadas, com gastos, no caso do governo federal, para que ela possa funcionar, 7 vezes maior com aquelas necessárias as áreas da educação, saúde, segurança, entre outras."
Disse o deputado: "Os recursos existem. A questão é que os governos (federal, estaduais e municipais) gastam muito e mal, senão vejamos: o Orçamento Geral da União para 2013 é de 2 trilhões e 27 bilhões de reais. As despesas de investimentos (aquelas que verdadeiramente atendem a população) são de 86 bilhões de reais. As despesas com folha de pagamento de pessoal, segundo a CGU - Controladoria Geral da União, é da ordem de 192,8 bilhões de reais. Considerando-se os gastos de todos os 39 ministérios, temos o valor de 611 bilhões de reais. Ou seja, gastamos 7 vezes mais com despesas para manter a máquina do governo do que com as necessidades da população."
Ao final de sua fala, o deputado dirigiu-se à presidenta Dilma Rousseff: "Presidenta, convide os dirigentes dos partidos políticos para um encontro de união nacional, e diga-lhes que o governo não tem mais condições de sustentar 39 ministérios, com todas as despesas que deles decorrem; diga-lhes que o povo deseja um governo de coalizão com a participação efetiva e conjugada dos 3 poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), que estejam imbuídos do espírito de altruismo, e de atendimento das necessidades da população, em benefício da melhoria da qualidade de vida dos cidadãos; diga-lhes que, neste momento, e sempre, a aliança com o povo é tão ou mais importante do que a coalização política, eis que, sem ele, (o povo), não teremos representatividade. O que a sociedade brasileira não aceita é a proposição do ministro da Fazenda de aumentar ainda mais os impostos."
Carlos Alberto Lopes é deputado federal pelo Rio de Janeiro e líder do PMN.