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sábado, 3 de março de 2012

CHUTE NO TRASEIRO - Por Carlos Alberto Lopes


            No dia 11 de dezembro de 2011, escrevi um artigo intitulado Tragédia Anunciada.

            Nele trato das exigências que a FIFA – Federação Internacional de Futebol vem fazendo para realizar a Copa do Mundo no Brasil e a nossa subserviência para poder realizá-la.

            Fiz o mencionado artigo por ocasião da votação de uma Medida Provisória na Câmara dos Deputados em que foi inserida uma emenda para que houvesse possibilidade de o governo utilizar os recursos do FGTS para a construção de hotéis e vias para a Copa do Mundo, que, infeliz e inacreditavelmente, foi aprovada, com o meu voto contrário.

            Mas a “pressão” dos “donos do mundo do futebol” não ficava aí. Querem questionar a meia entrada para idosos e estudantes, a liberação de bebidas alcoólicas nos estádios permanentemente, alterando-se o Estatuto do Torcedor (Lei nº 10.671/2003), a exclusividade, a liberação urgente e prioritária e o não pagamento de marcas e patentes de seus produtos ao INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial.

            Não bastassem tantas exigências, na iminência de serem atendidas pelo Parlamento Nacional, na 6ª feira, dia 2 de março de 2012, o secretário geral da FIFA, senhor Jerôme Walcher, nos fez uma severa reprimenda dizendo que deveríamos levar um “chute no traseiro” pelo andamento das obras para a Copa do Mundo, com licença da má expressão, um chute na bunda.

            Quanta arrogância. Quanta falta de educação. Quanta interveniência nos assuntos nacionais.

            Esse é o custo que teremos de ter, além dos financeiros, com uns desclassificados, que nos ofendem e a soberania nacional, para termos uma Copa do Mundo?

            Felizmente, uma voz se alevanta para dizer que o nosso País não reconhece mais esse cara, travestido de secretário geral, para acompanhar as nossas ações, o ministro dos Esportes, Aldo Rebelo.

            Chute na Bunda deveriam levar esses senhores da FIFA, com a desistência por nós da realização da Copa do Mundo.

            Embora o futebol seja o esporte preferido na nossa Nação, temos problemas muito mais importantes para investir bilhões de reais ou dólares, como preferem esses sanguessugas, como educação, saúde, segurança, que precisam em muito ser melhoradas em nosso país.

            Somos penta campeões e ganhamos essas Copas mundo afora. Podemos continuar a vencê-las fora, com a vantagem de oferecer melhores condições de vida ao nosso povo.

            Somos penta campeões mundiais de futebol e já a 6ª economia do mundo e como tal devemos ser respeitados.

            Vão as favas com a Copa e deixem a nossa COZINHA que dela nós cuidamos.         

            Carlos Alberto Lopes é deputado federal pelo PMN/RJ