No dia 11 de dezembro de 2011,
escrevi um artigo intitulado Tragédia Anunciada.
Nele
trato das exigências que a FIFA – Federação Internacional de Futebol vem
fazendo para realizar a Copa do Mundo no Brasil e a nossa subserviência para
poder realizá-la.
Fiz
o mencionado artigo por ocasião da votação de uma Medida Provisória na Câmara
dos Deputados em que foi inserida uma emenda para que houvesse possibilidade de
o governo utilizar os recursos do FGTS para a construção de hotéis e vias para
a Copa do Mundo, que, infeliz e inacreditavelmente, foi aprovada, com o meu
voto contrário.
Mas
a “pressão” dos “donos do mundo do futebol” não ficava aí. Querem questionar a
meia entrada para idosos e estudantes, a liberação de bebidas alcoólicas nos
estádios permanentemente, alterando-se o Estatuto do Torcedor (Lei nº
10.671/2003), a exclusividade, a liberação urgente e prioritária e o não
pagamento de marcas e patentes de seus produtos ao INPI – Instituto Nacional de
Propriedade Industrial.
Não
bastassem tantas exigências, na iminência de serem atendidas pelo Parlamento
Nacional, na 6ª feira, dia 2 de março de 2012, o secretário geral da FIFA,
senhor Jerôme Walcher, nos fez uma severa reprimenda dizendo que deveríamos levar
um “chute no traseiro” pelo andamento das obras para a Copa do Mundo, com
licença da má expressão, um chute na bunda.
Quanta
arrogância. Quanta falta de educação. Quanta interveniência nos assuntos
nacionais.
Esse
é o custo que teremos de ter, além dos financeiros, com uns desclassificados,
que nos ofendem e a soberania nacional, para termos uma Copa do Mundo?
Felizmente,
uma voz se alevanta para dizer que o nosso País não reconhece mais esse cara,
travestido de secretário geral, para acompanhar as nossas ações, o ministro dos
Esportes, Aldo Rebelo.
Chute
na Bunda deveriam levar esses senhores da FIFA, com a desistência por nós da
realização da Copa do Mundo.
Embora
o futebol seja o esporte preferido na nossa Nação, temos problemas muito mais
importantes para investir bilhões de reais ou dólares, como preferem esses
sanguessugas, como educação, saúde, segurança, que precisam em muito ser
melhoradas em nosso país.
Somos
penta campeões e ganhamos essas Copas mundo afora. Podemos continuar a
vencê-las fora, com a vantagem de oferecer melhores condições de vida ao nosso
povo.
Somos
penta campeões mundiais de futebol e já a 6ª economia do mundo e como tal
devemos ser respeitados.
Vão
as favas com a Copa e deixem a nossa COZINHA que dela nós cuidamos.
Carlos Alberto Lopes é deputado federal
pelo PMN/RJ