Total de visualizações de página

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

OS APROVEITADORES DE PLANTÃO (APROPRIAÇÃO INDÉBITA)

Peço permissão, para, mais uma vez, diante dos fatos que se repetem na política brasileira, voltar a falar das apropriações indébitas (apropriação indevida de coisas, materiais, idéias, etc....., por aqueles que são useiros e vezeiros em assim agir).

Trata-se de uma nova "coluna" do Jornal O Globo, intitulada "Conheça os candidatos do Rio", na qual são entrevistados deputados federais e estaduais que, em boa ora, dá oportunidade aos mesmos de explicitarem, ainda que resumidamente, por que querem ser candidatos?; o que fizeram?; e o que pretendem fazer?, em consonância com o que se apregoa de que os eleitores devem pesquisar quem são os candidatos para representar-lhes na Câmara dos Deputados e nas Assembleias Legislativas.

Refiro-me, especificamente, a entrevista que li hoje, 03 de setembro de 2014, quarta-feira, na mencionada "coluna", do Jornal O Globo, dada pelo deputado federal Hugo Leal, mais uma vez intitulando-se AUTOR da Lei Federal n. 11.705/2008, esta que ficou conhecida como "Lei Seca", com a nítida intenção não só de faturar politicamente, com o intuito de confundir os eleitores, os quais, em sua maioria, não distinguem uma lei de uma política pública, bem como não valorizar o trabalho de cerca de 300 integrantes da Operação Lei Seca que todas as madrugadas colocam as suas vidas em risco para salvar as de seus semelhantes. Um desrespeito.

Como sabem os mais esclarecidos na administração pública, se as leis não forem seguidas de políticas públicas, aquelas não tem eficácia e acabam ficando no papel.

Afirmar na entrevista, ao ser perguntado "por que o senhor quer ser deputado federal?", que é "para consolidar o trabalho que começamos de redução de acidentes de trânsito, iniciado pela Lei Seca, é de uma inverdade fenomenal, eis que as leis são abstratas, não tem concretude, se não forem colocadas em prática.

Sejamos honestos, a Lei Seca não salvou vida nenhuma; quem vem salvando vidas aos milhares (mais de 20 mil), desde 19 de março de 2009, é a política pública Operação Lei Seca, criada por mim e deflagrada pela Secretaria de Estado de Governo do Estado do Rio de Janeiro, devidamente chancelada pelo governador de então.

Reitero, o que tenho dito ao longo de mais de 5 anos: o AUTOR da Lei Seca não é o deputado Hugo Leal. Ele foi o RELATOR da referida Lei, que teve 47 emendas de 25 deputados federais e 2 senadores, oriunda de uma Exposição de Motivos Conjunta de 6 ministros de estado, proposta ao então presidente da República, que através de uma Medida Provisória a encaminhou ao Congresso Nacional.

Surfar nos louros de uma política pública exitosa, reconhecida nacional e internacionalmente, para tirar dividendos eleitorais, chama-se apropriação indébita, passível de uma representação junto aos órgãos eleitorais competentes.

Externo, mais uma vez, a minha indignação porque não posso ser taxado, como fui na campanha eleitoral de 2010 e nesta, como mentiroso, safado, oportunista e outras adjetivações, não raras vezes, por eleitores que, em razão das mentiras apregoadas, acham que não fui o formulador da Operação Lei Seca.