Na semana passada o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto da Costa, valendo-se do instituto da “DELAÇÃO PREMIADA”, que permite que os infratores das leis em seus julgamentos poderão ter as suas penas reduzidas, começou a dar nome aos bois, daqueles que vem participando vergonhosa e acintosamente do saqueamento ao país, integrantes dos Poderes Legislativo e Executivo.
“Nunca antes nesse país”...se roubou tanto.
Não sou eu quem digo: são os próprios saqueadores, os quais, com a corda no pescoço, na iminência de ir para a forca, apavorados, resolvem livrar as suas peles, denunciando uns aos outros, corruptos e corruptores.
Está sendo o caso do ex-diretor da Petrobrás que resolveu “botar a boca no trombone”.
No dia 5 de setembro, um jornal de grande circulação nacional, informou que o ex-diretor vem denunciando o envolvimento de deputados e senadores e pelo menos um ministro com os desvios do dinheiro de contratos da Petrobras com várias empresas.
O ex-diretor denunciou pelo menos 25 políticos.
Mas a roubalheira não se reserva somente a Petrobras, cujos desvios estima-se em 100 bilhões de reais.
São bilhões e bilhões que ensejam os “malfeitos”, que passou a ser sinônimo de corrupção, que, sob o manto de empréstimos, vem dilapidando o nosso país, a saber: Porto de Mariel, em Cuba – 2 bilhões e 500 milhões; construção da hidrelétrica da Nicarágua – 2 bilhões e 300 milhões; Porto no Uruguai – 2 bilhões e 600 milhões; perdão das dívidas de 12 países africanos 950 milhões.
Registre-se que esses “empréstimos” e “perdões” são inconstitucionais porque deveriam ser precedidos de autorizações do Congresso Nacional e não o foram.
Mas..., temos mais “mal feitos”: rombo na Petrobras – 100 bilhões; 39 ministérios – 58 bilhões e 400 milhões; negociata do Grupo Galileo, que incorporou a Universidade Gama Filho e a Univercidade, que deixou 15 mil alunos na rua da amargura – 1 bilhão; empréstimo ao grupo Galileo – 100 milhões, usando dinheiro das Fundações de Previdência dos empregados da Petrobras e dos Correios, que certamente irá comprometer as suas aposentadorias; construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, cujo custo inicial era de 2 bilhões e passou para 20 bilhões; construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, em Itaboraí, que passou de 2 bilhões para 30 bilhões; Mensalão – 150 milhões (me engana que eu gosto); aquisição da Refinaria de Pasadena, no Texas – EUA – 1 bilhão de dólares.
Tudo isto ocorrendo e os gestores governamentais, imitando as figuras dos 3 macaquinhos: “nada veem, nada ouvem e nada falam”.
Após os escândalos mencionados, vi e ouvi muitos deputados, sobretudo do Partido Governamental, ir à tribuna da Câmara dizer que os desvios de recursos da Petrobras não existiram.
Agora, vem o grande operador dos esquemas fraudulentos da Petrobras, em razão da “delação premiada”, jogar areia no ventilador.
Em qualquer país que leve a sério suas instituições, esses bandidos seriam acusados - além do desvio de recursos - de traidores e punidos de forma exemplar.
Traidores da Pátria, sim, porque os bilhões e bilhões roubados dos nossos bolsos, porque somos nós que bancamos o país, com os impostos que recolhemos, poderiam estar sendo investidos em saúde, em educação, em segurança, na habitação, na prestação de serviços públicos dignos, que não os temos, com os nossos cidadãos morrendo nas filas dos hospitais; procurando restos de comida nas latas de lixo; sendo assaltados e mortos à luz do dia; as nossas crianças do nordeste das escolas públicas indo fazer as suas necessidades no mato e limpando as nádegas em folhas de árvores; com famílias de uma comunidade do Complexo do Chapadão , em Anchieta, no Rio de Janeiro, “morando” em casas de papelão, em pleno século 21.
Este é o país que querem nos convencer em ser a 7ª economia do mundo. 7ª economia do mundo para esses traidores da Pátria e do povo brasileiro.
Neste 7 de setembro, parafraseio: “...ou ficar a Pátria Livre ou morrer pelo Brasil”.