É de estarrecer. A Operação Lava-Jato, em sua nona etapa, em suas novas investigações,aponta que a BR Distribuidora, uma das subsidiárias da Petrobras, era alvo do mesmo esquema de corrupção que assolou a empresa-mãe.
A propina cobrada de fornecedores da BR Distribuidora variava entre 5% e 10% do valor dos contratos, os quais, segundo as investigações da Operação Lava-Jato, eram superfaturados para garantir lucro maior as empresas e repasse “comissões” a diretores da própria empresa BR Distribuidora, de diretores da Petrobras e agentes públicos.
Nesta quinta-feira – 5 de janeiro de 2015 – mesmo depois de março de 2014, quando foi deflagrada a Operação Lava-Jato, a Polícia Federal apreendeu na empresa Arxo – fabricante de caminhões-tanques e tanques de armazenamento de combustíveis para aeroportos – 1.400 documentos , entre eles notas e contratos, grande quantidade de dinheiro, escondido em fundos falsos de móveis.
Segundo os investigadores, a Arxo pagou propina no fechamento de somente um contrato com a BR Distribuidora, para fornecimento de 80 caminhões-tanque, 85 milhões de reais.
Além da BR Distribuidora, a Polícia Federal já tem indícios de cobrança de propina na Transpetro, outra subsidiária da Petrobras, cujo presidente, Sérgio Machado, licenciado desde novembro de 2014, depois de ter sido denunciado pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, de ter recebido 500 mil reais de propina, renunciou nesta quinta-feira, bem como em obras realizadas no Ceará e na Sete Brasil e aquisição de 20 barcaças.
A Polícia Federal está convencida que o mesmo “modelo de negócio” era adotado em todas as subsidiárias da Petrobras, a saber: além da BR Distribuidora e a Transpetro; Petroquisa; Braspetro; Interbrás; Petrofértil; Petromisa; Petrobras biocombustível; Petrobras Energia e Participações; Petrobras Gás S.A; Petrobras; Petrobras International Finance Company.
Certamente, a Justiça Federal do Paraná levantará as ações desenvolvidas por essas empresas e, pelos indícios, os prejuízos do Sistema Petrobras deverão ser bem maiores, que poderão comprometer os gestores públicos da República, que atuam no poder Executivo e integrantes do Legislativo.
Corrupção sem fim porque outros segmentos vem sendo alvo de levantamentos pelos órgãos de controle, tais como: empresas do governo de previdência complementar; empréstimos “secretos” nacionais e internacionais feitos pelo BNDES, sem autorização do Congresso Nacional, dentre outros.
Corrupção que, em razão da sua dimensão, poderá ferir de morte as instituições da República, sem sabermos quais os seus desmembramentos, para tristeza de todos os brasileiros de boa fé.
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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015
SOLICITAR PERDÃO JUDICIAL É DESRESPEITAR AINDA MAIS O POVO BRASILEIRO
Nesta quarta-feira, 4 de janeiro de 2015, como se não bastassem as sanções que vem sofrendo o povo brasileiro, com aumento de tarifas, não aprovação da nova tabela de imposto de renda, majoração dos preços das passagens, aumento dos combustíveis, mudanças nos benefícios da previdência social, entre outras, tudo por conta da necessidade do equilíbrio fiscal, decorrente da corrupção desenfreada em nosso país, mais especificamente do Mensalão e do Petrolão, os advogados do delator-mór da Petrobras, Paulo Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento da Empresa, pediram o Perdão Judicial à Justiça Federal, no Paraná.
O réu confesso em questão, que admite ter recebido milhões de reais (quem sabe bilhões), diz em sua justificativa que: "sucumbiu às exigências partidárias para conseguir virar dirigente da maior estatal brasileira" de petróleo e a quarta maior do mundo.
Paulo Roberto Costa disse que a delação premiada aliviou sua alma e que "está arrependido amargamente".
O réu confesso em questão, que admite ter recebido milhões de reais (quem sabe bilhões), diz em sua justificativa que: "sucumbiu às exigências partidárias para conseguir virar dirigente da maior estatal brasileira" de petróleo e a quarta maior do mundo.
Paulo Roberto Costa disse que a delação premiada aliviou sua alma e que "está arrependido amargamente".
"Isto tudo, para tornar a minha alma um pouco mais pura, um pouco mais confortável para mim e para a minha família".
Que fez o que fez para realizar um sonho de ser um dos diretores da Petrobras e, para tanto, juntamente com outros diretores, precisava montar um esquema de corrupção avassalador, numa dimensão não conhecida no mundo, num montante estimado de 10 bilhões de reais para, segundo ele, despejar dinheiro nas campanhas eleitorais presidenciais e parlamentares, recebendo a sua parte, que ninguém é de ferro, causando um prejuízo à Companhia, segundo a presidente demissionária, da ordem de 88 bilhões (corrupção e falhas administrativas), e mais 63 bilhões, não explicitados por ela, com o represamento dos preços dos combustíveis e os investimentos jogados no lixo nas refinarias Premium I e Premium II, no Ceará e no Maranhão, cujos projetos foram abandonados, inclusive com a compra de equipamentos, totalizando 150 bilhões de reais.
Os seus advogados defendem a solicitação do perdão judicial, dizendo que a "colaboração do seu cliente foi a mais completa, fidedigna e eficaz que se possa imaginar".
Mas por que foi feita a delação premiada? Porque pesou a consciência do réu-confesso?
Certamente que não.
Mas por que foi feita a delação premiada? Porque pesou a consciência do réu-confesso?
Certamente que não.
Não fossem as denúncias de "insatisfeitos"; da avidez em roubar cada vez mais, insaciavelmente; o trabalho da Polícia Federal; da Procuradoria Geral; do Tribunal de Contas da União; do Ministério Público Federal, de um juiz reto; tudo estaria como dantes no quartel de Abrantes: miliardários, com fortunas em paraísos fiscais, enquanto ao povo brasileiro não se tem dinheiro para a educação, para a segurança, para a saúde, para a habitação, dignas.
Perdão judicial a uma pessoa que em seus depoimentos contraditórios, em mais de uma oportunidade; com ações de transferências de seus bens para seus familiares; chegando a correr o risco de perder a delação premiada, por que???
Onde estão a completude da colaboração, da fidedignidade, da eficácia, se, a cada momento, seja no Parlamento ou na Justiça, aparecem novos e diversos fatos em relação ao réu-confesso.
Onde está a verdade dos números da corrupção arquitetada? São 10 bilhões ou 150 bilhões?
Onde está a verdade dos números da corrupção arquitetada? São 10 bilhões ou 150 bilhões?
A sociedade brasileira não aguenta mais ser enganada, ser ridicularizada, ser desrespeitada, e, pagar a conta desses "malfeitos", que, a cada dia, corroe a credibilidade do país junto as instituições nacionais e internacionais, porque não entendem como essa farra aconteceu durante tantos anos, sem que os seus gestores máximos tomassem as providências que esse e tantos outros casos requeriam.
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015
AMIGAS, AMIGAS, NEGÓCIOS À PARTE (A verdade custa caro)
Depois de 10 meses vendo a maior empresa do país “sangrando”, após as delações premiadas dos diretores da PETROBRAS e dos empresários que para ela prestavam serviços, na Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, a presidente da Companhia pede demissão, juntamente com a sua diretoria.
As presidentes (da PETROBRAS e da República) agüentaram até onde puderam.
Teria a presidente da Petrobras pedido demissão ou foi demitida, em razão de, ao divulgar o balanço do terceiro trimestre de 2014, não auditado, da Empresa, quando esta citando avaliações internas de que 88 bilhões de reais em ativos estariam supervalorizados devido à corrupção e a falhas administrativas, inclusive dizendo que os prejuízos poderiam ser ainda maiores???
Maiores, porque ela não deveria e/ou poderia explicitar mais 63 bilhões de reais de prejuízos causados pelo represamento dos preços dos combustíveis determinado pelo governo, totalizando o prejuízo absurdo de 151 bilhões de reais.
A presidente da PETROBRAS admite, agora, a corrupção e a falhas administrativas.
A pergunta que não quer calar é: como uma empresa do porte de uma PETROBRAS pode, durante mais de uma década, não ter controle de sua gestão, com a sua diretoria fazendo negócios escusos, à revelia de suas presidências e do seu Conselho de Administração, com prejuízos de bilhões e bilhões de reais, causando enorme prejuízos, sem precedentes na história mundial, aos seus investidores nacionais e internacionais???
O que dirão agora os parlamentares da base aliada e do próprio partido do governo, que foram à tribuna da Câmara e do Senado para dizer que não havia corrupção na Petrobras, em inúmeras oportunidades, como pude ver e ouvir, como deputado, de forma veemente, inclusive junto à mídia, explicitando que tudo não passava de um movimento orquestrado para denegrir a imagem da Empresa???
Ou realmente não sabiam da corrupção existente na Petrobras e/ou da dimensão dela ou foram beneficiários da mesma, para bancar as suas campanhas milionárias para se elegerem ou reelegerem e ficarem com o “troco”.
Um dos ministros do Supremo Tribunal Federal, na semana passada, diz que as evidências são tão contundentes que, após o Carnaval, deverá começar a instruir os processos desses parlamentares apontados pelos delatores da referida Operação Lava-Jato.
Um dos ministros do Tribunal de Contas da União, recém empossado, informa que, ainda esta semana, vai avaliar se determina o bloqueio dos bens da presidente demissionária.
Parece-me que os órgãos do Judiciário e de Controle de Contas estão atentos a insatisfação generalizada da sociedade brasileira que clama não só pela punição judicial dos dilapidadores do patrimônio público (empresários, parlamentares, gestores públicos), mas também que estes devolvam, em sua totalidade, os recursos obtidos fraudulentamente.
Parafraseando o dito popular: “amigas, amigas, negócios à parte”.
Diante da dimensão das ocorrências havidas na Petrobras, com o risco do comprometimento da República, a demissão da diretoria da Petrobras já se fazia tardar, sob pena da perda total da credibilidade da empresa e do governo no cenário nacional e internacional; recuperação da credibilidade que vem sendo defendida pelo novo ministro da Fazenda e da própria presidente da República.
As presidentes (da PETROBRAS e da República) agüentaram até onde puderam.
Teria a presidente da Petrobras pedido demissão ou foi demitida, em razão de, ao divulgar o balanço do terceiro trimestre de 2014, não auditado, da Empresa, quando esta citando avaliações internas de que 88 bilhões de reais em ativos estariam supervalorizados devido à corrupção e a falhas administrativas, inclusive dizendo que os prejuízos poderiam ser ainda maiores???
Maiores, porque ela não deveria e/ou poderia explicitar mais 63 bilhões de reais de prejuízos causados pelo represamento dos preços dos combustíveis determinado pelo governo, totalizando o prejuízo absurdo de 151 bilhões de reais.
A presidente da PETROBRAS admite, agora, a corrupção e a falhas administrativas.
A pergunta que não quer calar é: como uma empresa do porte de uma PETROBRAS pode, durante mais de uma década, não ter controle de sua gestão, com a sua diretoria fazendo negócios escusos, à revelia de suas presidências e do seu Conselho de Administração, com prejuízos de bilhões e bilhões de reais, causando enorme prejuízos, sem precedentes na história mundial, aos seus investidores nacionais e internacionais???
O que dirão agora os parlamentares da base aliada e do próprio partido do governo, que foram à tribuna da Câmara e do Senado para dizer que não havia corrupção na Petrobras, em inúmeras oportunidades, como pude ver e ouvir, como deputado, de forma veemente, inclusive junto à mídia, explicitando que tudo não passava de um movimento orquestrado para denegrir a imagem da Empresa???
Ou realmente não sabiam da corrupção existente na Petrobras e/ou da dimensão dela ou foram beneficiários da mesma, para bancar as suas campanhas milionárias para se elegerem ou reelegerem e ficarem com o “troco”.
Um dos ministros do Supremo Tribunal Federal, na semana passada, diz que as evidências são tão contundentes que, após o Carnaval, deverá começar a instruir os processos desses parlamentares apontados pelos delatores da referida Operação Lava-Jato.
Um dos ministros do Tribunal de Contas da União, recém empossado, informa que, ainda esta semana, vai avaliar se determina o bloqueio dos bens da presidente demissionária.
Parece-me que os órgãos do Judiciário e de Controle de Contas estão atentos a insatisfação generalizada da sociedade brasileira que clama não só pela punição judicial dos dilapidadores do patrimônio público (empresários, parlamentares, gestores públicos), mas também que estes devolvam, em sua totalidade, os recursos obtidos fraudulentamente.
Parafraseando o dito popular: “amigas, amigas, negócios à parte”.
Diante da dimensão das ocorrências havidas na Petrobras, com o risco do comprometimento da República, a demissão da diretoria da Petrobras já se fazia tardar, sob pena da perda total da credibilidade da empresa e do governo no cenário nacional e internacional; recuperação da credibilidade que vem sendo defendida pelo novo ministro da Fazenda e da própria presidente da República.
domingo, 1 de fevereiro de 2015
“COMBATI O BOM COMBATE, CUMPRI A MINHA MISSÃO, GUARDEI A FÉ”
Termina hoje, 1 de fevereiro de 2015, o meu mandato de deputado federal da República Federativa do Brasil.
Parafraseando o apóstolo Paulo, em sua segunda carta a Timóteo, capítulo 4: “Combati o bom combate, cumpri a minha missão, guardei a fé”.
Para atingir a esses objetivos, assentei a minha atuação em 3 princípios: Trabalho, Seriedade e Transparência.
Não o fiz como virtudes e sim como obrigação, que todo homem público deve ter, em especial os parlamentares.
Depois de 48 anos de efetivos serviços prestados ao meu país, posso afirmar que, infelizmente, nos dias atuais, trabalhar com seriedade e transparência, passa a se constituir em virtude.
Posso afirmar que “nunca antes na história desse país...”, se cometeram tantos desvios de conduta, apelidados intencionalmente de “malfeitos”, para não ter que explicitá-los como corrupção.
Corrupção que foi negada até onde puderam e que só começou a tornar-se explícita, a partir do momento em que um deputado, que dela participara, resolveu tornar-se franco atirador.
Negação que pude presenciar, não só pelo noticiário da mídia, mas também nas falas dos deputados e senadores do partido governamental e dos partidos aliados, que inúmeras vezes foram às tribunas das duas Casas do Congresso Nacional para, de forma veemente, dizer que não havia corrupção nas gestões governamentais do Partido que iria mudar o país e que muitos acreditaram.
Marionetes do Poder Executivo, partícipes e beneficiários da corrupção para, entre outras coisas, reelegerem-se à custa do erário, enriquecerem, ou incautos que não tinham conhecimento da verdadeira dimensão da corrupção endêmica, metastatizada em todo o país, a partir do mensalão, dos desvios de bilhões e bilhões da Petrobras que, a cada dia, vem sangrando mais e mais???
Deixo o Congresso Nacional triste, não por não ter sido reeleito, mas por ter a consciência de que, apesar de ter envidado todos os meus esforços, nos debates nas Comissões das quais participei; nos debates no plenário; nos debates no Colégio de Líderes da Câmara, como líder do meu partido (PMN); nas denúncias que fiz da tribuna, não consegui, na maioria das vezes, defender o melhor para o povo brasileiro.
Na Câmara Federal aprendi a máxima de que “contra a força não há resistência”.
A Câmara e o Senado são tutelados pelos poderosos que tem o poder em suas mãos, emanado da corrupção.
Aqueles que eventualmente possam dizer que estou cuspindo no prato em que comi, contradito, afirmando que para que tenhamos um Brasil mais justo e fraterno, é necessário que se tenha a coragem de indignarmo-nos com tudo o que vem ocorrendo em nosso país, de uma forma desavergonhada, afrontosa, desmesurada, sem limites, sob o manto do “não vi, não sei, não participei”; sob o manto do descaramento.
Não vencer as eleições para um segundo mandato não é vergonha. Vergonha seria vencê-las de forma desonesta, como muitos o fizeram.
Se o preço a pagar pela reeleição era compactuar com os desmandos que vem ocorrendo em nosso país, com uma corrupção avassaladora, com caixa dois, com a compra generalizada de votos, produto da roubalheira do dinheiro do povo, e tantos outros “malfeitos”, agradeço muito à Deus por não ter sido reeleito.
Parafraseando o apóstolo Paulo, em sua segunda carta a Timóteo, capítulo 4: “Combati o bom combate, cumpri a minha missão, guardei a fé”.
Para atingir a esses objetivos, assentei a minha atuação em 3 princípios: Trabalho, Seriedade e Transparência.
Não o fiz como virtudes e sim como obrigação, que todo homem público deve ter, em especial os parlamentares.
Depois de 48 anos de efetivos serviços prestados ao meu país, posso afirmar que, infelizmente, nos dias atuais, trabalhar com seriedade e transparência, passa a se constituir em virtude.
Posso afirmar que “nunca antes na história desse país...”, se cometeram tantos desvios de conduta, apelidados intencionalmente de “malfeitos”, para não ter que explicitá-los como corrupção.
Corrupção que foi negada até onde puderam e que só começou a tornar-se explícita, a partir do momento em que um deputado, que dela participara, resolveu tornar-se franco atirador.
Negação que pude presenciar, não só pelo noticiário da mídia, mas também nas falas dos deputados e senadores do partido governamental e dos partidos aliados, que inúmeras vezes foram às tribunas das duas Casas do Congresso Nacional para, de forma veemente, dizer que não havia corrupção nas gestões governamentais do Partido que iria mudar o país e que muitos acreditaram.
Marionetes do Poder Executivo, partícipes e beneficiários da corrupção para, entre outras coisas, reelegerem-se à custa do erário, enriquecerem, ou incautos que não tinham conhecimento da verdadeira dimensão da corrupção endêmica, metastatizada em todo o país, a partir do mensalão, dos desvios de bilhões e bilhões da Petrobras que, a cada dia, vem sangrando mais e mais???
Deixo o Congresso Nacional triste, não por não ter sido reeleito, mas por ter a consciência de que, apesar de ter envidado todos os meus esforços, nos debates nas Comissões das quais participei; nos debates no plenário; nos debates no Colégio de Líderes da Câmara, como líder do meu partido (PMN); nas denúncias que fiz da tribuna, não consegui, na maioria das vezes, defender o melhor para o povo brasileiro.
Na Câmara Federal aprendi a máxima de que “contra a força não há resistência”.
A Câmara e o Senado são tutelados pelos poderosos que tem o poder em suas mãos, emanado da corrupção.
Aqueles que eventualmente possam dizer que estou cuspindo no prato em que comi, contradito, afirmando que para que tenhamos um Brasil mais justo e fraterno, é necessário que se tenha a coragem de indignarmo-nos com tudo o que vem ocorrendo em nosso país, de uma forma desavergonhada, afrontosa, desmesurada, sem limites, sob o manto do “não vi, não sei, não participei”; sob o manto do descaramento.
Não vencer as eleições para um segundo mandato não é vergonha. Vergonha seria vencê-las de forma desonesta, como muitos o fizeram.
Se o preço a pagar pela reeleição era compactuar com os desmandos que vem ocorrendo em nosso país, com uma corrupção avassaladora, com caixa dois, com a compra generalizada de votos, produto da roubalheira do dinheiro do povo, e tantos outros “malfeitos”, agradeço muito à Deus por não ter sido reeleito.
segunda-feira, 12 de janeiro de 2015
JOAQUIM COM O LÁPIS NA ORELHA
Na minha infância e juventude, conheci alguns Joaquins e Manoéis, geralmente portugueses, que vieram tentar a sorte na Santa Terrinha (Brasil), tornando-se donos de "lojas", "vendas", mercearias e/ou botequins.
Um deles foi meu pai, Manoel Lopes, que foi garçon de restaurantes renomados, para depois montar o seu botequim e restaurante.
Para os mais jovens, "lojas", mercearias, eram os supermercados de hoje, em dimensões infinitamente menores, sempre próximos as nossas casas, onde íamos comprar "fiado"pequenas quantidades de produtos.
Quando a minha mãe tinha necessidade de cebolas, batatas, tomates, me chamava ou ao meu irmão e dizia: "vá a mercearia do seu Joaquim e peça a ele para anotar na caderneta."
Os "Joaquins" e "Manoéis" andavam sempre com um lápis atrás da orelha para anotar as compras que eram feitas para serem pagas no final do mês. Ninguém os passavam para trás.
Eu fiz muitas anotações do que comprávamos e vendíamos nos botequins de meu pai.
Controle absoluto por parte de quem comprava, que também tinha a sua caderneta onde o seu Joaquim anotava o que havia fornecido, com seus respectivos valores, e de quem vendia.
Eis o mistério da origem do orçamento, integrado por receitas e despesas.
As famílias responsáveis tinham e tem a exata noção de que só podem gastar de acordo com o que recebem.
A esta saudável prática familiar, o novo ministro da Fazenda, "Joaquim" Levy, chamou em seu discurso de posse de "equilíbrio fiscal", principal bandeira de sua gestão, que esperamos que seja duradoura, para a felicidade geral da Nação.
Aliás, Tancredo, um nome também português, o nosso Neves, quando de sua vitória nas eleições para presidente da República, teria dito que para resolver a maioria dos problemas brasileiros, bastaria editar um decreto com apenas dois artigos: Art. 1o - É proibido gastar; Art. 2o - Revogam-se as disposições em contrário.
Infelizmente, Tancredo morreu, sem tomar posse, e muitos não entenderam a mensagem.
Gastar a que se referia Tancredo, caras pálidas, era desperdiçar, roubar o erário, esbanjar, orçar as despesas de custeio (pessoal, material e serviços),infinitamente maiores do que as de investimentos (as que atendem efetivamente as necessidades da população), como o fazemos modernamente,por exemplo,com a existência de 40 ministérios, sob a justificativa da governabilidade no Congresso Nacional.
O nosso Joaquim disse em seu discurso que pretende usar o lápis, tirando-o de trás da orelha, para, com o auxílio do Tribunal de Contas da União, Corregedoria Geral da União e outros órgãos de controle, usar em sua caderneta, para,efetivamente, poder atender as efetivas necessidades do povo brasileiro.
Infelizmente, para poder usar o lápis de forma eficaz, e alcançar o equilíbrio fiscal, mais uma vez, nós é que vamos pagar a conta com provável aumento de impostos.
Um deles foi meu pai, Manoel Lopes, que foi garçon de restaurantes renomados, para depois montar o seu botequim e restaurante.
Para os mais jovens, "lojas", mercearias, eram os supermercados de hoje, em dimensões infinitamente menores, sempre próximos as nossas casas, onde íamos comprar "fiado"pequenas quantidades de produtos.
Quando a minha mãe tinha necessidade de cebolas, batatas, tomates, me chamava ou ao meu irmão e dizia: "vá a mercearia do seu Joaquim e peça a ele para anotar na caderneta."
Os "Joaquins" e "Manoéis" andavam sempre com um lápis atrás da orelha para anotar as compras que eram feitas para serem pagas no final do mês. Ninguém os passavam para trás.
Eu fiz muitas anotações do que comprávamos e vendíamos nos botequins de meu pai.
Controle absoluto por parte de quem comprava, que também tinha a sua caderneta onde o seu Joaquim anotava o que havia fornecido, com seus respectivos valores, e de quem vendia.
Eis o mistério da origem do orçamento, integrado por receitas e despesas.
As famílias responsáveis tinham e tem a exata noção de que só podem gastar de acordo com o que recebem.
A esta saudável prática familiar, o novo ministro da Fazenda, "Joaquim" Levy, chamou em seu discurso de posse de "equilíbrio fiscal", principal bandeira de sua gestão, que esperamos que seja duradoura, para a felicidade geral da Nação.
Aliás, Tancredo, um nome também português, o nosso Neves, quando de sua vitória nas eleições para presidente da República, teria dito que para resolver a maioria dos problemas brasileiros, bastaria editar um decreto com apenas dois artigos: Art. 1o - É proibido gastar; Art. 2o - Revogam-se as disposições em contrário.
Infelizmente, Tancredo morreu, sem tomar posse, e muitos não entenderam a mensagem.
Gastar a que se referia Tancredo, caras pálidas, era desperdiçar, roubar o erário, esbanjar, orçar as despesas de custeio (pessoal, material e serviços),infinitamente maiores do que as de investimentos (as que atendem efetivamente as necessidades da população), como o fazemos modernamente,por exemplo,com a existência de 40 ministérios, sob a justificativa da governabilidade no Congresso Nacional.
O nosso Joaquim disse em seu discurso que pretende usar o lápis, tirando-o de trás da orelha, para, com o auxílio do Tribunal de Contas da União, Corregedoria Geral da União e outros órgãos de controle, usar em sua caderneta, para,efetivamente, poder atender as efetivas necessidades do povo brasileiro.
Infelizmente, para poder usar o lápis de forma eficaz, e alcançar o equilíbrio fiscal, mais uma vez, nós é que vamos pagar a conta com provável aumento de impostos.
É PRECISO IR PARA AS RUAS
Esse é o título da entrevista dada pelo senador da República, Pedro Simon, à Revista VEJA, edição de 14 de janeiro de 2015.
Na foto da entrevista, entre aspas, o senador diz: "Nunca vi um momento tão dramático. Estamos diante de um dos maiores escândalos de corrupção do mundo."
Confesso que eu também, ao longo de 48 anos de serviços prestados ao meu país, exercendo diversos cargos de relevância na República, nunca vi nada parecido.
O câncer da corrupção entrou num processo de metástase.
O corpo Brasil (Correios, Mensalão, Petrobras, BNDES, etc-mil) está quase todo tomado por essa doença que, diante da justificativa de que é preciso ter governabilidade, cada vez mais se espraia, parece-nos incurável (leiam o meu artigo "A corrupção é inextinguível" no meu blog: carlosalbertolopesrj.blogspot.com).
Às folhas 2 da entrevista, o senador Pedro Simon, diz: "O Congresso é um ajuntamento de corporações, sindicatos, empreiteiras, multinacionais. Ninguém ali fala pelo povo. Se deixar tudo calmo, não fazem nada, ou só fazem coisas de interesses de grupos".
Como testemunha ocular da história, infelizmente, tenho que concordar com a frase do senador, acrescendo: "... para engordar o caixa dois dos parlamentares que gastam milhões de reais para se (re)elegerem às custas do nosso dinheiro, ficando com o 'troco'".
Nosso dinheiro sim, porque quando os governos gastam mais do que recebem tem que aumentar os tributos (impostos, taxas e contribuições de melhorias) que pagamos, como estamos prestes a sofrer, conforme ilações do novo ministro da Fazenda.
Que não se diga que o senador está girando a metralhadora porque está se aposentando, decrépito, com 85 anos.
Em seu discurso de despedida, durante 4 horas, ao final, o senador chorou e foi aplaudido de pé por seus pares; certamente chorando de vergonha; chorando porque sabe que a história registra que em casos muito menos graves como os que estamos vivendo de forma inédita, por sua dimensão; como as "diretas já"; o impeachment" de um presidente da República, o povo teve que ir para as ruas.
Pena que a entrevista tenha sido publicada às vésperas do Carnaval, onde tudo pode acabar em samba; embora tenhamos alguma esperança, já que o senador diz que vai procurar a Ordem dos Advogados do Brasil, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, fazer palestras, participar de debates, para oferecer soluções ao nosso país.
Na foto da entrevista, entre aspas, o senador diz: "Nunca vi um momento tão dramático. Estamos diante de um dos maiores escândalos de corrupção do mundo."
Confesso que eu também, ao longo de 48 anos de serviços prestados ao meu país, exercendo diversos cargos de relevância na República, nunca vi nada parecido.
O câncer da corrupção entrou num processo de metástase.
O corpo Brasil (Correios, Mensalão, Petrobras, BNDES, etc-mil) está quase todo tomado por essa doença que, diante da justificativa de que é preciso ter governabilidade, cada vez mais se espraia, parece-nos incurável (leiam o meu artigo "A corrupção é inextinguível" no meu blog: carlosalbertolopesrj.blogspot.com).
Às folhas 2 da entrevista, o senador Pedro Simon, diz: "O Congresso é um ajuntamento de corporações, sindicatos, empreiteiras, multinacionais. Ninguém ali fala pelo povo. Se deixar tudo calmo, não fazem nada, ou só fazem coisas de interesses de grupos".
Como testemunha ocular da história, infelizmente, tenho que concordar com a frase do senador, acrescendo: "... para engordar o caixa dois dos parlamentares que gastam milhões de reais para se (re)elegerem às custas do nosso dinheiro, ficando com o 'troco'".
Nosso dinheiro sim, porque quando os governos gastam mais do que recebem tem que aumentar os tributos (impostos, taxas e contribuições de melhorias) que pagamos, como estamos prestes a sofrer, conforme ilações do novo ministro da Fazenda.
Que não se diga que o senador está girando a metralhadora porque está se aposentando, decrépito, com 85 anos.
Em seu discurso de despedida, durante 4 horas, ao final, o senador chorou e foi aplaudido de pé por seus pares; certamente chorando de vergonha; chorando porque sabe que a história registra que em casos muito menos graves como os que estamos vivendo de forma inédita, por sua dimensão; como as "diretas já"; o impeachment" de um presidente da República, o povo teve que ir para as ruas.
Pena que a entrevista tenha sido publicada às vésperas do Carnaval, onde tudo pode acabar em samba; embora tenhamos alguma esperança, já que o senador diz que vai procurar a Ordem dos Advogados do Brasil, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, fazer palestras, participar de debates, para oferecer soluções ao nosso país.
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