Segundo a Polícia Rodoviária Federal, nos 6 dias deste Carnaval, 1 pessoa morreu por hora em acidentes de trânsito.
Em apenas 6 dias ocorreram 3.201 acidentes; 1.823 pessoas ficaram feridas e 155 morreram, entre 0 hora do dia 28 de fevereiro e 0 hora do dia 6 de março.
O mais trágico é que esses números referem-se tão simplesmente aos acidentes ocorridos nas estradas federais, estando de fora as estradas estaduais e municipais.
Se considerarmos as estradas estaduais e as municipais, quantos feridos, mutilados e mortos tivemos nesse feriado prolongado? Ninguém sabe.
Segundo o Jornal Destak, de 25 de setembro de 2013, o número de vítimas de trânsito no Brasil é o maior do mundo, com 31,3 vítimas fatais por 100 mil habitantes.
Pergunto aqueles que defendem a tese de que são as leis que salvam as vidas nos acidentes de trânsito: por que as leis existentes, tais como, o Código de Trânsito Brasileiro; a Lei Federal nº 11.705/2008; a Lei Federal nº 12.760/2012, esta que endureceu as penalidades previstas na chamada Lei Seca, não vem reduzindo o número de feridos, mutilados ou mortos?
Como os defensores da mencionada tese não vão responder, por questões não confessáveis, respondo: porque o que salva vidas nos acidentes de trânsito são as políticas públicas que lhes dão eficácia, como fizemos com a deflagração da Operação Lei Seca no Rio de Janeiro, que ao completar 5 anos no próximo dia 19 de março de 2014, com ações todos os dias da semana, de domingo a domingo, até aqui servindo de exemplo para 19 estados da federação brasileira, vem salvando milhares de vidas (mais de 20 mil).
Como tenho dito em inúmeras oportunidades, podem fazer centenas de leis, as quais, se não as aplicarmos diuturnamente, não teremos os resultados desejados.
Se não entendermos que tão ou mais importante do que a fiscalização, a educação, a sensibilização e a conscientização são fundamentais para a mudança comportamental daqueles condutores que bebem e vão dirigir, que no caso da Operação Lei Seca são operacionalizados por nossos cadeirantes de forma admirável, não chegaremos a lugar nenhum.
Aos defensores da tese mencionada, digo: contra fatos não há argumentos.