O deputado assim justificou a sua decisão:
"Em meu blog, escrevi um artigo intitulado 'Nunca antes na história deste país...houve tantos escândalos', no qual aponto vários deles, em especial os que vem ocorrendo na gestão da PETROBRAS.
Naquele artigo, disse que, se não houvessem respostas convincentes, não iria ficar de braços cruzados, porque a PETROBRAS é um patrimônio nacional que não pode ser dilapidado.
Uma empresa que valia, a preços de mercado, em torno de 480 bilhões de dólares e que hoje, em razão desses desmandos, vale 170 bilhões.
Ontem, vi e ouvi alguns representantes do governo, na TV, dizer que requerer uma CPI, neste momento pré-eleitoral, seria manchar a imagem da empresa. Quanto desplante.
Pelo contrário, a CPI é o instrumento para, apuradas as falcatruas e responsabilizados aqueles que as cometeram, revigorar a imagem de uma das maiores empresas de petróleo do mundo.
De que adianta a presidente da PETROBRAS dizer que vai instituir uma comissão interna para apurar os mal feitos, que não vai sobrar pedra sobre pedra, colocando as raposas para tomar conta do galinheiro?
É muita desfaçatez. Temos que punir exemplarmente seja a quem for. Não é possível que um Conselho de Administração do porte da PETROBRAS tenha autorizado as negociações da Refinaria de Pasadena, que nos deu um prejuízo de 1 bilhão e 200 milhões de dólares ou 2 bilhões e 760 milhões de reais, sem que os seus integrantes e os dirigentes maiores do país não tivessem conhecimento do que estava por trás disso.
Temos que dar um basta nessa sangria de recursos dos brasileiros. Sim, recursos de cada um de nós, porque os governos não geram recursos, eles são meros repassadores dos mesmos, através dos 54,5% dos tributos (impostos, taxas e contribuições de melhorias)que pagamos anualmente das receitas que geramos."
