A cada dia que passa somos surpreendidos com mais um escândalo.
O desta semana que se inicia, segundo a Revista VEJA, edição de 19 de fevereiro, sob o título “Propina no Fundo do Mar”, registra que a Petrobras está agora envolvida na investigação de um esquema de corrupção, que movimentou mais de 250 milhões de dólares em pagamentos de propina.
Segundo a Revista, em 10 de abril de 2012, a empresa holandesa SBM Offshore, a maior fabricante de plataformas marítimas de exploração de petróleo do mundo, iniciou uma investigação interna para apurar denúncias de que funcionários de suas subsidiárias pelo mundo corrompiam autoridades para conseguir contratos com governos e empresas privadas, entre 2007 e 2011.
Há duas semanas, as conclusões da investigação foram publicadas na Wikipedia. Os documentos mostram que houve pagamento de propina em diversos países, dentre eles o Brasil, onde diretores e intermediários da Petrobras teriam recebido pelo menos 30 milhões de dólares para favorecer contratos com a companhia holandesa.
Este não foi o primeiro escândalo a vazar das profundezas. Em 2006, a Petrobras, comprou por 360 milhões de dólares 50% da Pasadena Refining System Inc., no Texas. A planta havia sido adquirida um ano antes, desativada, pela belga Astra Oil, por 42,5 milhões de dólares. O que levou a refinaria a ter uma valorização de 17 vezes em um ano permanece um mistério.
Em 2009, uma disputa entre a Petrobras e a Astra Oil, tornou o caro em absurdo: a Petrobras perdeu na Justiça e foi obrigada a pagar 839 milhões de dólares à Astra pela sua metade, ou seja um investimento perdido de 1 bilhão e 200 milhões de dólares ou 2 bilhões e 760 milhões de reais.
O mensalão, segundo informações tornadas públicas, desviou 150 milhões de reais.
O estelionato na educação, com a incorporação das universidades Gama Filho e Univercidade, desviou quase 1 bilhão de reais e mais 100 milhões de “empréstimos” da Postalis dos Correios e da PETROS, da Petrobras, para o qual, na reunião da bancada do Estado do Rio de Janeiro, na semana passada, pedi a abertura de uma CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito.
No primeiro ano da era Dilma, 5 ministros tiveram que ser demitidos pela presidente, em razão de desvios de 1 bilhão e 100 milhões de reais, a saber: 759 milhões no ministério dos Transportes; 244 milhões no ministério da Agricultura; 67 milhões no ministro do Turismo; 28 milhões no ministério dos Esports e 5 milhões no ministério do Trabalho, lembram-se?
E aí, fica tudo por isto mesmo? Não se exige a restituição dos valores ao cofres públicos? Não se tomam os bens dos envolvidos e eles pagam multas irrisórias frente aos valores envolvidos, e com dinheiro de "doações"?
Felizmente, ainda temos um Supremo Tribunal Federal que condenou os saqueadores dos cofres públicos; um Ministério Público Federal que deverá confirmar que a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, foi um dos contratos mais escandalosos da Petrobrás.
Qual será o próximo escândalo?
E nas eleições de outubro de 2014, nossa sociedade vai continuar aceitando esse comportamento?
Vou cobrar providências junto a todos esses órgãos, publicamente, através da tribuna da Câmara, através de publicações de artigos, solicitando abertura de CPIs - Comissão Parlamentares de Inquéritos, sem prejuízo de, se não houver respostas aos meus questionamentos, impetrar ações junto aos órgãos competentes, tais como, Controladoria Geral da União, Ministério Publico, Tribunal de Contas da União, Supremo Tribunal Federal, entre outros.