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quinta-feira, 1 de maio de 2014

DIA DO TRABALHADOR – O QUE COMEMORAR?

O Dia do Trabalhador surgiu da realização de uma greve geral de milhares de trabalhadores, em Chicago, em 1º de maio de 1886, por melhores condições de trabalho e pela redução da carga de trabalho de 13 para 8 horas diárias, e fixado em junho de 1889, num Congresso Socialista, realizado em Paris.

Será que o trabalhador tem o que comemorar em seu dia, depois de 125 anos da fixação dessa data, sobretudo no Brasil, face ao que recebem - valores que são estabelecidos pelos 3 Poderes do nosso país - e as condições de trabalho em que atuam?

Abrahan Linlcon, ex-presidente americano, em uma de suas célebres frases já dizia: “um governo deve servir a todos, mas, em primeiro lugar, ao cidadão simples, que todos os dias levanta cedo para, com o suor do seu trabalho, construir o mundo em que vivemos.”

Infelizmente, não é isto que ocorre em nosso país, com o trabalhador brasileiro recebendo R$ 724,00 (setecentos e vinte e quatro reais), que pela Consolidação das Leis do Trabalho, deveria servir para atender as despesas com moradia, alimentação, educação, saúde, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência social.

Seria trágico se não fosse cômico.

Pergunta-se: como atender a tantas despesas com R$ 724 reais?

No início do meu mandato, como deputado federal, em meados de 2011, questionei o fato de os deputados receberem 15 salários anuais enquanto os trabalhadores recebem 13 salários, até que por insistência e num trabalho junto ao Colégio de Líderes, conseguimos acabar com essa discrepância.

Será que o trabalhador brasileiro tem o que comemorar no seu dia? Será que ele está satisfeito com as “bolsas da vida” como esmolas? Será que ao invés de “dar o peixe”, não seria muito mais digno “ensinar a pescar”?

Não seria mais digno preparar e qualificar a nossa mão de obra para termos pleno emprego? Sim, porque empregos existem; o que não existe é mão de obra preparada para ocupá-los.

Mas ensinar a pescar e qualificar a mão de obra não interessa! Essas “esmolas” (que custam caro à sociedade) se constituem em instrumentos de “cabresto” - afinal 15 milhões de bolsas resultam, por baixo, em 60 milhões de votos.

Apesar dos pesares, louvemos o nosso trabalhador brasileiro, que ainda tem esperança de dias melhores.