É de estarrecer como os “defensores” dos direitos humanos se escondem nos momentos em que a sociedade é atingida em seus direitos pelos “coitadinhos” dos bandidos.
Onde estão eles, neste exato momento? Por que não vem à público para externar as suas opiniões sobre os recentes fatos.
Refiro-me a policial militar ALDA RAFAEL CASTILHO que foi covardemente assassinada pelas costas numa das UPPs do Alemão; refiro-me a morte cerebral do cinegrafista da TV Bandeirantes, SANTIAGO ANDRADE.
Pergunto: alguma organização de defesa dos direitos humanos, ou os muitos defensores dos movimentos recentes, procurou as famílias para, pelo menos, oferecer-lhes solidariedade?
Alguma organização de defesa dos direitos humanos procurou as famílias do menino KAIO DA SILVA COSTA, de 6 anos e de um policial militar, que foram assassinados na porta do fórum de Bangu, no dia 31 de outubro de 2013?
Alguma organização de direitos humanos procurou a família do menino JOÃO HÉLIO, de 8 anos, que foi arrastado por 2 homens, quando roubaram o carro de sua mãe, em 8 de fevereiro de 2007, por 7 km, preso ao cinto de segurança, que veio a falecer?
Alguma organização de defesa dos direitos humanos já fez um levantamento de quantos policiais militares e civis morrem por ano no enfrentamento desses assassinos? Querem que levem flores para receber tiros de fuzil na cara?
Quanta hipocrisia, calhordas, que utilizam a massa de manobra dos “coitadinhos”, assassinos, para se “condoerem” de mentira, fazendo disso uma manobra política para dizerem que estão ao lado dos “excluídos” da sociedade, para lhes oferecer pão, água e circo, como o faziam na antiguidade.
Políticos incompetentes e maliciosos, que insuflam essa mesma massa, para ter os seus 15 minutos de fama, nos jornais, revistas e televisões da vida para se promoverem, como se fossem os guardiões da sociedade, a qualquer custo, inclusive o da vida de cada um de nós, que não estamos a salvo de tragédias como essas e milhares que ocorrem diariamente.
Guardiões da sociedade são aqueles que a respeitam, que trabalham duro todos os dias, que, sem saber, movidos pelo sentimento de que os seus direitos terminam quando possa ferir os direitos dos outros, atendem ao explicitado na Convenção Internacional de Direitos Humanos; ou Convenção Americana de Direitos Humanos; ou Pacto de São José da Costa Rica, de 1969, da qual o Brasil é signatário, e que estipula direitos e deveres.
Esses mesmos políticos incompetentes e maliciosos, deveriam ter mudado os seus comportamentos pós-junho, defendendo em suas votações projetos que coibissem os eventuais abusos das autoridades públicas; indo as barras dos tribunais; ao ministério público e aos demais órgãos de controle.
Estou há 2 anos e meio na Câmara Federal e depois de muito argumentar no Colégio de Líderes, uma semana antes da eclosão das justas manifestações de junho, escrevi e li um artigo da tribuna da Câmara dos Deputados intitulado: “ESTAMOS” CEGOS E SURDOS (clique para ler).
De lá para cá muito pouco mudou. Continuamos cegos e surdos, seja a nível federal, estadual ou municipal.
Esses mesmos políticos que são incompetentes e se beneficiam do caos social, continuam a não votar as matérias de interesse nacional que atendam as reais necessidades do povo brasileiro.
Não sou a favor da barbárie; não sou a favor do julgamento com as próprias mãos; sou a favor da legalidade; do exercício do estado democrático de direito, este que prevê direitos e deveres, que tem que ser cumpridos por todos e por cada um de nós cidadãos; sou a favor da Convenção Internacional de Direitos Humanos; no ano passado fui membro efetivo da Comissão dos Direitos Humanos (busquem nos anais da mesma a minha atuação).
Se há exclusão é porque não temos uma educação qualificada; a escola pública acabou; a saúde está doente; a segurança está partindo para o “salve-se quem puder”; tudo porque “não temos dinheiro”.
Dinheiro temos. Gastamos muito e mal para termos governos de coalizão (isto é, uma aliança entre partidos políticos) para dar sustentação ao governo atualmente eleito, com 39 ministérios, um sem número de secretarias estaduais e municipais, com raras e honrosas exceções. A máquina pública é grande demais.
Do orçamento geral da União para 2014, temos a previsão de 105 bilhões e 600 milhões para investimentos (que são recursos para atender as reais necessidades do povo); enquanto para despesas de custeio, só para despesas com pessoal, está previsto 240 bilhões, ou seja vamos gastar mais do que o dobro para manter uma máquina gigantesca ao invés de usar o dinheiro em benefício de quem precisa!
Coalizão para quem? Para os apaniguados do poder?
A corrupção é desenfreada; a cada dia tomamos conhecimento de mais um escândalo. Pagam-se multas pífias com dinheiro “doado” para dar suporte aos candidatos (vão pagar impostos sobre estas doações?) e nos fazem – a população em geral e os poucos políticos interessados em trabalhar de forma séria – de palhaços!
O mensalão, que produziu desvios da ordem de 150 milhões de reais, é pinto perto do estelionato na educação, com as incorporações, autorizadas por órgãos governamentais, de duas Universidades, e ninguém sabe onde foram parar quase 1 bilhão e mais 100 milhões de empréstimos de 2 entidades governamentais de previdência complementar, deixando milhares de jovens sem saber o que vão fazer de suas vidas, e, possivelmente, os contribuintes das mesmas com as suas aposentadorias e pensões comprometidas.
E todos estes mesmos políticos incompetentes e maliciosos vão se reeleger.
Como?!! Por quê?!!
A única solução é removê-los do poder. Todos. Não votem em nenhum político de carreira. Renovem os quadros em todos os níveis. Votem em propostas de mudança efetiva, investiguem quem está por trás de cada candidato.
Que Deus possa confortar as famílias destruídas dessas pessoas que se foram, porque os homens públicos nos poderes, com as poucas exceções que se tem notícia, não são dignos do respeito da sociedade brasileira.