O deputado Dr. Carlos Alberto, preocupado com o afrouxamento das relações entre os municípios que integram o CONLESTE - Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento do Leste Fluminense (Araruama, Cachoeiras de Macacu, Casemiro de Abreu, Guapimirim, Itaboraí, Magé, Maricá, Niterói, Nova Friburgo, Rio Bonito, São Gonçalo, Saquarema, Silva Jardim, Tanguá e Teresópolis) e os órgãos do governo federal e estadual, sobretudo em relação a construção do COMPERJ - Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, oficiou à presidenta Dilma Rousseff para que a mesma promova um encontro com os prefeitos, sob a presidência do prefeito de Itaboraí, Helil Cardoso. Perguntado porque tomou essa iniciativa, o deputado assim se manifestou: "Como homem público e parlamentar tenho percebido que está havendo uma desaceleração na construção do COMPERJ. Os municípios brasileiros, entre os quais se inserem os do CONLESTE, já vem sofrendo com a diminuição de suas receitas, (em razão das desonerações tributárias que vem sendo praticadas pelo governo federal, com a redução ou extinção do IPI - Imposto de Produtos Industrializados, para estimular o consumo e evitar que o Brasil entre na crise financeira internacional; imposto que integra o FPM - Fundo de Participação dos Municípios), e, no caso dos da Região do Centro Leste Fluminense do Estado do Rio de Janeiro, ainda tem que fazer investimentos para atender as novas populações que lhes chegam em termos de saúde, educação, segurança, habitação, água, energia, entre outros. Se os municípios já não dispõem de recursos para atender as suas atuais necessidades, imagine ter que suportar as novas despesas que já estão surgindo. Não posso entender que a Petrobras, que está desenvolvendo o maior investimento individual de sua história em Itaboraí, deseje que não só Itaboraí e os municípios circunvizinhos, por conta desse mega-projeto, piorem a qualidade de vida de seus 3 milhões de cidadãos. Nesse sentido acho que chegou o momento de a nossa presidenta Dilma Rousseff mobilizar efetivamente os órgãos envolvidos no projeto, a fim de que não aconteça com Itaboraí e os municípios do CONLESTE o que já vem acontecendo com outros municípios brasileiros que apesar de receberem royalties de petróleo, por falta de um planejamento conjunto, de uma estratégia eficaz de desenvolvimento, tenham os centros de suas cidades privilegiados, mas as suas periferias favelizadas, com graves problemas de habitação, saúde e segurança. Como cidadão itaboraiense, fluminense, e atualmente no parlamento brasileiro, não me perdoaria se estivesse percebendo isto e ficasse de braços cruzados. A Região do Centro Leste Fluminense do Estado do Rio de Janeiro, como a de todo o estado, precisa de uma atenção especial do governo federal, porque vai contribuir decisivamente para o desenvolvimento do Brasil."