Na 3a feira - dia 18 de junho de 2013
- em razão das graves ocorrências dos movimentos de insatisfação com os
rumos do nosso país, fiz um pronunciamento da tribuna da Câmara dos
Deputados, que intitulei "ESTAMOS" CEGOS E SURDOS.
Estamos entre aspas, porque, em meu primeiro mandato, ao longo de 22
meses, não tenho sido cego, nem surdo, período durante o qual venho
alertando para a dissociação do parlamento com os anseios, as carências e as
necessidades básicas do povo brasileiro, com o estabelecimento de pautas que
não as atendem. O pronunciamento em questão foi postado no meu blog: http://carlosalbertolopesrj.blogspot.com/.
Como profissional de administração,
concursado pelo então DASP, e, considerando que a nossa profissão,
invariavelmente, é preterida por organizações, empresas e outras instituições,
que utilizam profissionais de outras categorias, para desempenharem atividades
inerentes a nossa área de atuação; considerando que, a meu sentir, os
verdadeiros problemas brasileiros não são solucionáveis com legislações
inócuas, sem que sejam seguidas de políticas públicas que lhes deem eficácia;
considerando que políticas públicas devem ser elaboradas, primordialmente, com
a efetiva participação dos administradores, sem prejuízo de outras categorias
profissionais que apontem soluções em suas esferas de
competência, encaminhei, apoliticamente, o mencionado pronunciamento,
aos meus colegas administradores, pedindo-lhes que nos mobilizássemos nesse
sentido.
Recebi centenas de respostas,
concordando com a ineficácia apontada por mim do Congresso Nacional e a
necessidade da mudança de conduta dos parlamentares, assim como protestos de
alguns colegas, em pequeno número é verdade, entendendo que estava me
aproveitando do nefasto momento de conturbação nacional para tirar proveito
político, ainda que eu tivesse feito a ressalva no referido pronunciamento de
que o que me movia era encontrar soluções efetivas, com a imprescindível
colaboração dos meus colegas administradores.
A esses colegas que entenderam de
forma negativa o meu encaminhamento, peço, respeitosamente, que
examinem a minha história de vida profissional, quando poderão perceber que não
me valeria de um momento como esse para tirar proveito político.
O que escrevi e li da tribuna é a
mais pura expressão do sentimento de discordância com o distanciamento das
justas reivindicações da sociedade brasileira e das ações que
"desenvolvemos" no Congresso Nacional.
Faço esse registro em respeito
aqueles que, insatisfeitos com o atual "status quo", com os nervos à
flor da pele, democraticamente, tem o direito de discordar, mas que,
reitero, apoliticamente, como administrador: vamos nos mobilizar para encontrar
as soluções que o nosso país precisa.
Eu estou pronto para ouvi-los e
encaminhar e defender as proposições enviadas pelos administradores
brasileiros para discussão no parlamento brasileiro.
Carlos Alberto Lopes é administrador da 7a Região - RJ